CONTRA O MACHISMO, A VIOLÊNCIA E TODA FORMA DE OPRESSÃO
"Não, não irei sem grito. Minha voz nesse dia
subirá. E eu me erguerei também.
Dispensarei as rosas, as violetas, os absurdos véus
sobre meu rosto. Serei eu mesma.
Não. Não irei sem grito”.
Lila Ripo
A Marcha das Vadias iniciou-se em abril de 2011 em Toronto no Canadá e desde então se tornou um movimento internacional realizado
por diversas pessoas em todo o mundo. Em janeiro de 2011, ocorreram diversos
casos de abuso sexual em mulheres na Universidade de Toronto. Dai então o policial Michael Sanguinetti fez uma observação
para que "as mulheres evitassem se vestirem como vadias, para não serem vítimas".
Por isso
o nome ‘Marcha das Vadias”, como forma de combater o machismo e à violência
contra a mulher.
Nós do MML e da ANEL, que construímos a CSP Conlutas, apoiamos e construímos a Marcha,
e saudamos as mulheres que começaram e também as que estão levando adiante esta
luta pelo direito de ser livre, pela liberdade de escolha e pelo respeito,
contra a opressão.
A
violência contra mulher segue com índices alarmantes. A cada 12 segundos uma mulher sofre algum tipo de violência e
a cada duas horas morre ao menos uma mulher no Brasil. No Maranhão Mais de
25% das mulheres violentadas são mortas de forma brutal, fruto de ciúmes ou não
aceitação do fim do relacionamento, por seus parceiros. Quando se tem uma mulher governando o Estado e a primeira
presidente mulher no país é necessário que se faça uma avaliação das políticas
do governo no que diz respeito às mulheres. A Lei Maria da Penha é um grande
avanço, no entanto o que vimos foram cortes sucessivos para as secretarias de
combate à violência contra a mulher. Exigimos que Dilma governe para as
mulheres trabalhadoras que tanto criaram expectativas em seu governo e que
tenhamos políticas públicas que de fato atendam com investimento às nossas
necessidades.
Hoje 70% da população que vive com um salário mínimo no
Brasil são mulheres e mesmo assim enquanto Dilma aumentou seu próprio salário mais
de 46%, para os trabalhadores e trabalhadoras o aumento foi irrisório. Além do
corte de 55 bilhões no orçamento público federal que afetou centralmente as
secretarias de educação, saúde e assistência, todas com influência direta na
vida das mulheres jovens e trabalhadoras brasileiras. Esses são fatos da
realidade que não podem ser deixados de lado.
Por isso
exigimos:
- Fim da Violência contra a mulher! Aplicação e
Ampliação da Lei Maria da Penha! Punição dos Agressores, construção de
casas-abrigo!
- Anticoncepcionais para não abortar, aborto legal,
seguro e gratuito para não morrer! Por Autonomia sobre o próprio corpo!
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