domingo, 13 de setembro de 2015

MML Participa de Ato Público contra a Violência à Mulher em São Luís

















Na tarde do último sábado, 12, ativistas e militantes de movimentos feministas reuniram-se para protestar contra a violência à mulher. O ato público foi realizado no parque de proteção ambiental, Reserva do Itapiracó, onde no dia 05 de setembro uma mulher foi vítima de estupro, quando caminhava na área urbanizada do parque. A vítima registrou Boletim de Ocorrência e a polícia realizou buscas no local, mas não encontrou o suspeito. Há reclamações de frequentadores do parque de que faltaria iluminação e policiamento no local.

Mas não é só na Reserva do Itapiracó que as mulheres não podem andar tranquilamente pelas ruas. É uma realidade que se repete em toda cidade de São Luís e em todo Brasil. Nacionalmente os dados são alarmantes. Segundo o Mapa da Violência 2012 divulgado pelo Instituto Sangari, o número de homicídios de mulheres entre 2001 a 2011 aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil brasileiras nesse período. De acordo com o IPEA, anualmente ocorrem mais de 500 mil casos de estupros no país. Em 2014, mais de 52.957 denúncias de violência doméstica foram realizadas.

Apesar dos altos índices, o governo Dilma continua cortando recursos da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que contará com R$ 109 milhões a menos esse ano para suas ações, isso equivale a 43,8% do seu orçamento. Agora a Secretaria terá apenas R$ 140 milhões em recursos para executar suas ações, como, por exemplo, o Programa Mulher Viver Sem Violência, principal programa de enfrentamento à violência contra a mulher. Isso significa que ficará ainda mais complida a construção da Casa da Mulher Brasileira e a expansão da rede de apoio às mulheres vítimas de violência.

Por outro lado, vêm acontecendo, desde junho de 2015, as Conferências Municipais de Mulheres em todo o Brasil. Estas conferências devem votar planos de ações de combate a violência à mulher e ações de promoção de mulheres, que deveriam ser implementados pelos governos. Porém, o que observamos ao longo dos anos é que os planos votados pelas conferências, que são instâncias consultivas e não deliberativas, não são respeitados pelos governos.
Assim, achamos que ações como essas deste sábado devem ser as principais formas de atuação das mulheres para reivindicar seus direitos. As mulheres devem ocupar as ruas, os sindicatos e os movimentos sociais para lutar contra o machismo e exigir dos governos condições para viver uma vida sem violência e com todos os seus direitos respeitados. Assim, chamamos à construção de uma grande manifestação no dia 18 de setembro, em que a classe trabalhadora começa a estabelecer uma alternativa de luta ao governo Dilma (PT) e ao PSDB.
Viva à luta das mulheres!
Viva a luta da classe trabalhadora!
  

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