No
último dia 18 de setembro, o MML foi convidado para participar de uma mesa de
debate sobre a Violência Contra a Mulher na programação de greve do Sinasefe -
Monte Castelo. Os servidores do IFMA estão em greve desde, e reivindicam Data
base, Isonomia de benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde, etc) com
os outros poderes e com os servidores do TCU, Carreira Única dos
Trabalhadores da Educação Federal com reestruturação das carreiras dos TAE e
dos docentes, revogação dos cortes do orçamento da educação, entre outras.
Os temas do estupro e da violência doméstica tiveram
destaque no debate. Segundo a professora Katiuscia Pinheiro, militante do Fórum
Municipal de Mulheres, cerca de 50 mil casos de estupro são registrados todos
os anos no Brasil e o mais grave é naturalização dessa violência, pois nessa
sociedade machista, o corpo feminino é visto como propriedade dos homens,
podendo ser violado, inclusive pela mídia. A militante do MML, Ana Paula
Martins, falou sobre os números da violência doméstica contra a mulher no
Brasil, destacando que, em 2014, do total de 52.957 denúncias de violência
contra a mulher, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física
(51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral
(9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual
(2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). Além
disso, destacou que, segundo dados do Mapa da Violência de 2012, o
índice de homicídios de mulheres aumentou 17,2%, com a morte de mais de 48 mil
brasileiras no período de 2001 a 2011, “É necessário mobilização dos movimentos
de mulheres e da sociedade em geral para cobrar dos governos ações efetivas
para o enfrentamento à violência contra a mulher, tendo em vista que estes não
destinam verbas necessárias em políticas que diminuam a violência e mais Dilma
cortou quase metade do orçamento da Secretaria Nacional das Mulheres” frisou.
Os
momentos de greve são muito importantes para formação política dos
trabalhadores e trabalhadoras, nesse sentido o MML parabeniza a iniciativa do comando
local de greve do Sinasefe - Monte Castelo e ressalta a necessidade de se criar
mais espaços como esse.
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